Prezada Comunidade Universitária,

 

            Esta proposta se pauta na perspectiva de construção e desenvolvimento de uma pluriversidade, que significa um espaço de ensino, pesquisa e extensão que trabalha com todas as leituras sobre o mundo, respeitando todas as formas de pensar e agir. Ouviremos e consideraremos as leituras de todas as pessoas, desde as suas identidades e, com isto, buscaremos construir as boas alternativas para a UNIVASF. Buscaremos juntos reconhecer as nossas identidades, especialmente a da nossa universidade, prezando pelo respeito às pessoas e ao compromisso coletivo, trabalhando sob a ótica de uma perspectiva descolonial.

                Pensar descolonialmente é romper com os paradigmas da Modernidade, que são os da submissão, da subordinação e da exclusão. Pensar descolonialmente é respeitar as múltiplas formas de ser, de viver e de entender o mundo de cada uma das pessoas e grupos com as quais se tem contato. Pensar e agir descolonialmente implica num processo articulado e coerente. Descolonialidade, portanto, significa um modo de vida.  Nesse sentido, quando estamos pensando na gestão de uma universidade e adotamos uma perspectiva descolonial, pensamos na articulação coerente do fazer acadêmico e das falas de cada um dos setores no dia a dia (técnicos, estudantes, docentes, comunidade externa). Isto significa que descolonizar uma administração universitária não é uma decisão nem uma atitude de uma pessoa ou de um grupo, mas é uma práxis coletiva, feita todo o tempo pela comunidade acadêmica, porque implica em respeitar-se mutuamente, ouvir mais do que falar, construir uma lógica que é muito mais que dialógica, mais que é multilogal e pluriversal.

              Com uma gestão orientada descolonialmente, a universidade passa a ser palco para a troca, o conflito e o confronto de ideias e pensamentos. O espaço diferenciado repleto de ideias e, portanto, profícuo em que os saberes construirão uma multilogicidade onde todos terão oportunidades para ouvir e falar. Havendo a perspectiva descolonial, não há imposição, e sim respeito mútuo nos processos discursivos. Nesse sentido, a nossa proposta de gestão universitária, que vai se pautar pela perspectiva descolonial, irá ouvir todas as ideias e pensamentos, debater e construir coletivamente. Com isto, pretendemos ampliar e criar novos canais de comunicação, para que a comunidade universitária participe efetivamente da gestão, e esta participação possa se dar de múltiplas formas, tanto pela sugestão quanto pelo debate e também pelas proposituras de ideias, projetos ou questões nas quais a universidade deve se inserir.

          Na nossa gestão, a relação da assim chamada administração central com todos os setores da UNIVASF será a construção de um processo coletivo, em que não somente os gestores participarão, mas cada uma das pessoas que compõem a UNIVASF, as quais serão convidadas e poderão participar, segundo seu desejo nos processos. Obviamente, haverá gestores e estes não serão senhores aos quais se deva obedecer, mas ouvintes atentos às necessidades, interesses e desejos da comunidade acadêmica. Deste modo, o processo de escolhas desses gestores será o mais amplo possível. Uma gestão que será construída sempre através da escolha por competência e não por amizades ou afinidades políticas.

 

 

 

CURIOSIDADE

 

O significado da cor escolhida para caracterizar a REDE

 

Roxo deriva do Latim russeus, “vermelho-escuro” e transmite a sensação de prosperidade, nobreza e respeito. Simboliza dignidade, devoção, piedade, sinceridade, espiritualidade, purificação, transformação e representando a transformação da energia negativa pela positiva.  

 

Fonte: http://www.significadodascores.com.br/